“UM PROJETO DE ESPIRITUALIDADE INTEGRAL”

08/07/2011 16:58

Texto: Efésios 2.1-10.

Introdução: A questão sobre espiritualidade humana não se baseia na demonstração ou não de sua existência, mas, sim, em como ela pode manifestar-se em plenitude.

Historicamente encontramos traços e formas de espiritualidade:

a)      INTIMISTA-ORIENTAL: trata-se de uma espiritualidade de meditações.

b)      JUDAICA: Espiritualidade comportamentalista, comportamento intocável vinculado a Deus.

c)      GREGA: Dicotômica e abstrata, vem dos mitos religiosos, ou conceitos pré-definidos por grupos.

d)     IGREJA PRIMITIVA: Era intima, Deus sempre falando com o homem, por sua vez aflora externamente: comunitária/carismática/social.

e)      PATRISTICA: Necessidade de dar resposta ao tempo e ao mundo.

f)       IDADE MÉDIA: Espiritualidade de ritos e rituais, período mais preocupante da história.

g)      PIETISTA: Os grandes avivamentos, tudo importa, frase: “sou eu e Deus”, se posso ouvir sua voz devo fazer sua vontade.

 

Exposição: Para nós regenerados a “Genesis” da espiritualidade começa em Mateus 16, Jesus nos incita a crer que a vida espiritual começa na aceitação consciente de que Cristo é o Salvador, (ex. Ap. Pedro, “o filho do Deus vivo”).

► Essa conscientização se firma no cotidiano no grande gesto do calvário: “siga-me e negue-se a si mesmo”.

► Paulo no texto diz (v.1-2), que o homem está incapaz (morto) para viver a verdadeira espiritualidade, porque sua existência está sucumbida na anti-vida.

► Mas a espiritualidade, então, se desenvolve a partir da aceitação do convite do discipulado, “vinde a mim...”, Paulo endoça nos (v.4-6).

► Destarte, transforma numa realidade de busca incessante, em cogitar das coisas lá do alto. Somos protótipo de uma demonstração sumariada e sintetizada do reino vindouro. (v.7-10).

 

Tema: Uma espiritualidade integral apresentam-se algumas questões que precisam ser cuidadosamente tratadas:

I – OS CRITÉRIOS DE AFERIÇÃO: CONFIRMAÇÃO:

1)      Espiritualidade sadia é cristocentrica.

► Jesus é o modelo/exemplo/razão da vida. Tornando assim a chave da hermenêutica que projeta ao “logos”, ou, a palavra encarnada.

► Se queremos uma espiritualidade apurada precisamos buscar na palavra de Deus. Assim realmente ela se torna a: Luz/direção/alimento/fonte de vida eterna.

2)      Espiritualidade é centrada na cruz.

 ► Podemos aferir a saga da espiritualidade através da cruz. Porque a cruz é o grande tema/assunto da espiritualidade: (logomarca do cristão: cruz vazia/vazada).

► Se não houver cruz na espiritualidade ela é apenas meditações transcendental. Cruz para nós regenerados significa: sofrimento em busca de um ideal. Ela não é perspectiva soteriológica, mas existencial “aqui e agora”.

► E se torna também sinônimo de: a) perdão aos alienados, b) entrega/renuncia/negação do ser humano em detrimento as coisas do mundo, c) proposta de salvação.

 

II – OS CUIDADOS DE IMPLICAÇÕES: CONSEGUÊNCIAS.

1)      Vence o diabo.

► A bíblia diz (Mat. 4), que o primeiro confronto é com o diabo, o primeiro encontro é com o diabo na busca da espiritualidade.

► Nossa batalha espiritual não é contra condicionamentos sociológicos/pscologicos/químicos ou biológicos, mas é, sobre tudo, contra “principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso.

► Não venceremos o diabo com os instrumentos científicos e sociológicos, tampouco, apenas com a dialética materialista, precisa ser vista a partir da perspectiva espiritual transcendental.

► Portanto a Bíblia ensina que devemos encarar e enfrentar o diabo com armas apropriadas espirituais, e não fugir sofrendo assim retalhações imposto p/ diabo.

2)      Sacrifica-se socialmente.

► Somos motivados a viver neste mundo tensionando as pessoas a nossa volta a questionar e respeitar de forma positiva a vida cristã.

► Nunca jamais podemos buscar uma espiritualidade no extremismo/egocentrismo social ou pseudo-farizaica.

► Jesus ensina sobre uma vida espiritual social no epsódio do imposto onde passa duas grandes lições: a) ela paga, cumprindo a lei, b) ele denuncia, a injustiça.  

► Jesus usa o bom senso de um cristão altamente espiritual e também de um cristão altamente contrário a práticas injustas da sociedade.

► A espiritualidade passa pelo crivo do sacrificio de busca do bom senso/do racional/do histórico/do aprendizado.

► Como dizia (pastor de idade): “nunca tinha pensado nisso, ou desta forma, que interessante”. Precisamos estar abertos para proposta de continuidade da obra de Deus aqui na terra começando na minha na sua vida espiritual.

3)      Afasta a fobia do nosso coração.

► Somos instigados em três sentidos diferentes: (depressão/opressão/possessão): “são doenças pscopatologicas da alma com um sentido altamente espiritual”.

► Paul Tilichk: “A espiritualidade bem tratada é aquela que acredita nas propostas divinas, tais como: oração/mandamentos/intimidade/confiança/graça/fé que são armas infalíveis na resolução dos problemas afobióticos do ser humano”.

► I João 4.18, “no amor não existe o medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor”.

Como diz Paulo, “não que eu tenha alcançado a perfeição, mas eu a busco/desejo/etc”.

 

III – A ESPIRITUALIDADE COMO META: COMO ALCANÇAR:

1)      A encarnação da palavra.

► Como Jesus é a palavra encarnada: porque fazia tudo o que a lei determinava: “não vim pra revogar a lei mas para cumpri-la”.

► Encarnação significa: união inseparável, como exemplo: (casamento, uma só carne/o pecado. Ramartia sem escape).

 ► Quando a espiritualidade consegue passar para nós mesmos que todas as dicotomias foram vencidas através da encarnação, que unifica o ser espiritual como um todo e passa a entender mais o sentido da vida e renunciar as coisas deste mundo.

► A encarnação do verbo estirpou com os seccionamentos filosóficos/teológicos e tradições ascéticas. Jesus integra a vida como um todo.

2)      Seguir o mestre do mestre: Jesus:

► O desafio do momento que precisamos é seguir o mestre onde colheremos resultados benéficos para nossa vida, tais como:

a)      Nossa vida individual será mais fácil de ser vivida.

b)      Nosso amor será declarado e visível.

c)      Nossas famílias serão mais sadias.

d)     Nosso culto será mais constante.

e)      Nosso impacto sobre a sociedade será muito mais significativo.

► Assim a shekiná de Deus descerá sobre nós.

 

Conclusão: Quando Jesus disse: “Eu vim pra que tenhais vida e vida abundante”, ele não se referia a um sentimento bom que invadiria o coração humano de maneira mágica.  

► Referia-se ao projeto espiritual mais plenificante que já se deu na história: O próprio projeto de sua vida.

► Daí eu pensar que a vida espiritual integral de Jesus como modelo e maquete para minha posição espiritual integral como projeto de vida mediante a ação do Espirito Santo.

►  Minha oração é que eu, você, todos nós, possamos ir caminhando na direção dessa espiritualidade integral, única forma de se ter vida e vida em abundância.

AUTOR DESCONHECIDO